Regionalização: Uma possível solução para corrigir assimetrias da gestão universitária

É inegável que uma universidade que possui 42 campi universitários pode apresentar entraves na gestão administrativa e financeira, a dimensão territorial e diversidade apresentada nas diversas localidades do Estado de Goiás faz com as regiões mais distantes da administração central da Universidade Estadual de Goiás (UEG) não recebam os recursos necessários para o pleno funcionamento e desenvolvimento das atividades finalísticas.

Como já é de conhecimento público, a UEG está passando por um processo de reestruturação institucional em função da redução de recursos financeiros, além de outros problemas inerentes a uma instituição que iniciou e cresceu sem o planejamento correto. Com o fracasso da primeira proposta que apontava a descontinuação de 15 campi e 57 cursos de graduação, a comunidade teve até o dia 10/06 para elaboração de novos critérios. A região nordeste goiano elaborou uma proposta conjunta onde aponta o enxugamento da gestão e desburocratização das atividades-meio. É evidente a que UEG, prioriza atividades-meio (gestão) em detrimento das atividades-fim (ensino, pesquisa e extensão). A proposta é criar unidades regionais com estrutura administrativa mais enxuta, isso reduz custos e desburocratiza a gestão. Pelo modelo elaborado, ainda terá apenas uma administração central (reitoria, pró-reitorias, gerências e coordenações).

Nós consideramos que essa proposta é o embrião para a regionalização da Universidade, com a futura desvinculação administrativa e financeira dessas regionais da administração central, quando houver um cenário político e financeiro favorável. Isso significa que o estado de Goiás poderá ter novas universidades estaduais a partir da divisão da UEG, assim como ocorreu com a Universidade Federal de Goiás (UFG), onde os câmpus avançados de Jataí e Catalão se tornaram, respectivamente, Universidade Federal de Jataí (UFJ) e Universidade Federal de Catalão (UFCat).

O Estado de Goiás já está organizado regionalmente em pelo menos dois cenários, isso pode ser utilizado para uma possível regionalização da UEG. As figuras abaixo ilustram estas regionalizações:

Figura 1: Microrregiões do IBGE

Figura 1: Regiões administrativas do Estado de Goiás

O modelo regional de organização do ensino superior mantido pelo tesouro estadual mostrou-se eficiente em termos de qualidade acadêmica em outros estados, tais com Bahia e Paraná. Confira a lista de universidades estaduais do Paraná:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
UEM – Câmpus do Arenito
UEM – Câmpus Regional de Cianorte
UEM – Câmpus Regional de Diamante do Norte
UEM – Câmpus Regional de Goioerê
UEM – Câmpus Regional de Umuarama
UEM – Campus Fazenda (CAU/CCA)
UEM – Câmpus Regional Vale do Ivaí

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
UNIOESTE – CAMPUS DE CASCAVEL
UNIOESTE – CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU
UNIOESTE – CAMPUS DE FRANCISCO BELTRÃO
UNIOESTE – CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
UNIOESTE – CAMPUS DE TOLEDO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO
UNICENTRO – CAMPUS SANTA CRUZ
UNICENTRO – CAMPUS CEDETEG
UNICENTRO – CAMPUS DE IRATI

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ – UENP
UENP – CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO
UENP – CAMPUS JACAREZINHO
UENP – CAMPUS LUIZ MENEGHEL DE BANDEIRAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR
UNESPAR CAMPUS CURITIBA 1
UNESPAR CAMPUS CURITIBA 2
UNESPAR CAMPUS APUCARANA
UNESPAR CAMPUS CAMPO MOURÃO
UNESPAR CAMPUS PARANAGUÁ
UNESPAR CAMPUS PARANAVAÍ
UNESPAR CAMPUS UNIÃO DA VITÓRIA

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