"Divulgar e inspirar inovações em educação que possam preparar crianças e adultos para transformar realidades locais". Com esse objetivo, a Rede Internacional de Escolas Criativas (Riec), coordenada em Goiás pela UEG, realiza seu primeiro seminário em Goiânia, de 26 a 29 de março. Durante os dias do evento, professores de diversas cidades e Estados, além de estudantes e gestores de escolas, reunem-se no Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento é uma parceria entre a a Universidade Estadual de Goiás (UEG), a Riec,  a UFG e o Cepae.

A Riec, por meio de pesquisadores da área da educação situados em diferentes países, busca práticas educacionais que transformem os estudantes: uma forma humanizada de educação. “Buscamos um diálogo com as crianças, para que elas aprendam conteúdos, mas aprendam valores, aprendam atitudes e transformem a realidade”, explica  Marilza Suanno, professora da UEG e co-organizadora do seminário.  Para isso, a Rede tenta identificar paradigmas, emergentes no campo educacional, que atendam às novas demandas surgidas no século 21. “Para nós, é fundamental entender aquilo que a escola está fazendo para dar conta das necessidades do século”, aponta.

O grande objetivo é reunir e difundir as experiências criativas e inovadoras desenvolvidas pelo globo, buscando inspirar outras escolas e educadores a criar propostas para seu local de atuação. Segundo Marilza, o intuito é encontrar os educadores que estão conseguindo romper com práticas tradicionais. Para identificar as escolas criativas, a Riec desenvolveu um instrumento de pesquisa, no qual aponta 10 características importantes para este século. Ao atender a sete dessas características, as escolas têm suas práticas consideradas inovadoras ou criativas.
 

O lúdico em sala de aula
Na programação do encontro, buscou-se ouvir as escolas e professores, entendendo o que eles consideram práticas criativas e inovadoras. Todos os 196 trabalhos selecionados para apresentação trazem experiências e práticas desenvolvidas por educadores. O seminário trouxe professores de Estados como Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Santa Catarina, além de várias cidades de Goiás. A realização do evento em Goiânia também buscou entender o que as escolas em Goiás estão produzindo. Divididas em várias salas do Cepae, as apresentações reuniram diversas temáticas, indo da tecnologia à literatura, da religião à ludicidade.

Recebendo o seminário, o Cepae também tem propostas inovadoras em práticas educacionais. O Centro de Ensino oferece da Educação Infantil à Pós-Graduação e, segundo a diretora Maria José de Almeida, promove o estudo dos conceitos das disciplinas por meio de perspectivas inovadoras. A escola tem projetos voltados a todas as faixas etárias do corpo estudantil,  desenvolvendo-os ao longo do ano, buscando complementar o que é trabalhado em sala de aula.

O professor e doutor em Educação, Alcir Horário da Silva, participa da organização do evento, além de apresentar trabalho e também prestigiar as pesquisas de colegas. “A troca de experiências proposta pelo seminário é muito importante para mostrar o trabalho que as escolas e professores estão fazendo”.

Ao fim do encontro, as experiências apresentadas nos trabalhos devem ser divulgadas em um blog, para que mais educadores possam conhecer as propostas.

(CGCom)

Reportagem de Stephani Echalar