O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Goiás (CsU | UEG) se reuniu na última quinta-feira, 3 de dezembro no câmpus Morrinhos para encerrar as atividades do ano.
O último encontro deliberativo de 2015 foi marcado por pautas de peso, como a regulamentação do uso do nome social por estudantes e servidores da UEG.
Inclusão
Uma das pautas mais debatidas da sessão foi a resolução que regulamenta o uso do nome social na Universidade. O nome social é a denominação escolhida por uma pessoa quando o nome de registro civil não reflete sua identidade de gênero.
O objetivo da resolução é assegurar a servidores, estudantes e usuários da Universidade a inclusão do nome com o qual se identificam nos registros oficiais e acadêmicos da UEG.
Com a aprovação da pauta, os estudantes que se encaixarem nos termos dispostos no regulamento poderão requerer a inclusão ou retirada do nome social na secretaria acadêmica de seus câmpus.
O regulamento também garante aos estudantes a identificação - sem menção do nome civil - na frequência de classe e em solenidades como colação de grau e defesa de monografia.
Para o pró-reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, Marcos Torres, a resolução é o reconhecimento de um direito "fundamental na sociedade democrática, que cresce com o reconhecimento da diversidade".
"A Universidade se completa com a inclusão desse grupo, porque a inclusão tem que ser para todos", destacou Marcos Torres, lembrando ainda que a nova regulamentação contribui para a permanência desses estudantes no ensino superior.
Ainda visando a inclusão de grupos socialmente excluídos o CsU aprovou a criação do Programa de Acesso à Educação Superior da UEG para refugiados no Brasil. A iniciativa destina vagas nos cursos oferecidos pela Universidade à imigrantes refugiados no país..
Bolsas e incentivo à pesquisa
A 94ª sessão do Conselho Universitário definiu o quantitativo e o valor das bolsas de estudo da Universidade para o ano de 2016. Conforme foi apresentado pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Ivano Devilla, no próximo ano serão ofertadas 1432 bolsas. O número representa um aumento de quase 10% em relação ao quantitativo de 2015.
A previsão é de que serão investidos mais de R$7,5 milhões apenas no Programa Próprio de Bolsas da Universidade.
Para a coordenadora da Central de Bolsas, Aparecida da Silva Marques, o aumento na oferta sinaliza a continuidade da política estudantil criada com o Programa. “Foi o terceiro ano do programa com a abertura de editais. O aumento é uma é uma consolidação do programa”. Segundo Aparecida, ao investir em bolsas de estudo e assistência, a UEG está “investindo no tripé de ensino, pesquisa e extensão”.
A produção científica e tecnológica da Universidade foram pontos também contemplados pelas deliberações do Conselho. A congregação aprovou a criação do Programa Pró-Projetos, que incentiva a criação e o desenvolvimento de projetos de pesquisa por docentes efetivos da pós-graduação Stricto Sensu e do quadro permanente da UEG, bem como por bolsistas vinculados a órgãos de fomento.
O Pró-projetos atuará por meio de editais que irão selecionar os projetos de pesquisa beneficiados. Serão oferecidas duas modalidades de ajuda financeira: Programas, com recursos de convênios firmados pela UEG com agências de fomento; e Projetos Internos, com recursos próprios da Universidade.
À noite, os diretores e representantes estiveram presentes na cerimônia de entrega do título Honoris Causa à professora Nilza Diniz Silva, da cidade de Morrinhos.
(Stephani Echalar | CGCom | UEG)